No início, ler
era um martírio, pois sempre havia a cobrança do dito resumo para nota. acho
que li toda a coleção Vaga-lume. Em alguns momentos até que era gostoso, agradável,
mas o prazo da entrega do resumo sempre me apavoravam.
O que despertou
o gosto pela leitura foi um seriado que passava todas as tardes. Era um mundo
mágico para mim, Sítio do pica-pau amarelo, e nessa época comecei a ler
constantemente as aventuras de Monteiro Lobato, e sem o tal do pozinho mágico
acabava viajando através da leitura.
Na adolescência,
comecei a trabalhar e sempre comprava algum livro, pois a banca da praça ficava
em frente, acabei ficando freguesa. Os livros comprados eram devorados
madrugada a fora. Muitas vezes me punha no lugar da personagem e me perdia em
seu enredo, era como se fosse As crônicas de Nárnia, sem o armário para entrar.
O livro era meu bem mais precioso. Digo isso, pois na época morava em um bairro
afastado sem lugar para ir e nem condições financeiras, então viajava sem sair
de casa.
Em certa ocasião, achei vários livros em um paiol, onde meu avó plantava arroz na propriedade de um senhor, e este me deu os livros. Fiquei toda contente, acho que levei uns trinta livros, já estavam todos amarelados pelo tempo, jogados, alguns sem capa ou picotados pelas traças, mas eram muinhas relíquias.
Por muitos anos fui sócia do "Cìrculo do livro", recebia catálagos, encomentava o livro e recebia pelo correio. Os meus preferidos eram os de terror e romance, me lembro que quando li "O iluminado", fiquei várias noites sem dormir, olhava em baixo da cama e me cobria mesmo sem estar frio. E quando assisti ao filme não me pareceu fazer jus ao livro. Os detalhes se perderam.
Falo para meus alunos que antes de
assistir a algum filme baseado em um livro, que o leia antes, para não perder a
riqueza de detalhes que somente o livro nós faz ver e entender.
Ainda tenho guardado muitos livros outros doei para alunos, amigos ou foram emprestados e não
Ainda tenho guardado muitos livros outros doei para alunos, amigos ou foram emprestados e não
mais voltaram...Hoje o que
mais sinto falta é de ter um tempo para sentar e com toda a calma poder
saborear um bom livro. A rotina do dia a dia nos deixa desleixados e nossos
prazeres muitas vezes ficam em segundo plano. Leio, mas não o tanto que
gostaria.
Abraços,
Elaine Cristina Barbosa
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